quinta-feira, 24 de julho de 2014

Reencontrar a minha parte


Hoje meu pai foi novamente a procura de aulas de teclado, e dessa vez ele foi á minha antiga escola de música. Chegando lá, ele encontrou meu antigo e adorado professor de prática e depois de quase  3 anos ele perguntou como eu estava, se eu continuava tocando, deu vários conselhos e ainda disse que eu era a melhor aluna de violão clássico que ele já teve. Quando meu pai chegou em casa todo alegre me contando, me emocionei. Sinto uma saudade, que chega a doer, das aulas de música, dos desafios e descobertas desse mundo maravilhoso e do meu professor.  
Ele que disse que eu deveria aprender um pouquinho de escala, mesmo fazendo violão popular, e que depois de alguns meses ver meu desenvolvimento me dizer que iria começar  a me dar aula de clássico e deixar o popular pra segundo plano.  Por ele que fui obrigada a abandonar o popular e me aprofundar em Tom Jobim, Bossa Nova, Nando Reis, Bach e me ajudou a  tocar desde solos que eu sempre sonhei, stairway to heaven é inesquecível pra mim, até músicas clássicas da Finlândia e afins que hoje se tornarão um amor. Descobrir este amor pelo instrumento clássico é algo que não tenho como agradecer e que mudou meu rumo na música.
 Claro que tenho que agradecer também pelas broncas quando não tinha a peça preparada, quando recusei me apresentar no especial de natal, quando chamava Dó de “C” e quando reclamava demais do metrônomo, dei graças a deus quando ele finalmente quebrou :D.

 Parei de estudar música por que queria ir para uma escola reconhecida , Villa Lobos, mas nesse meio tempo chegou a hora de decidir qual universidade fazer, qual faculdade cursar e tudo se complicou.  Queria relações internacionais, então entrei no curso de Francês e a música foi sendo jogada de lado. Aos  16 era o Francês, aos 17 era muito nova para ir pra tão longe sozinha e então chegou os 18. Saí do Francês, fiz a prova da Villa Lobos, fiz o Enem e todos os vestibulares de qualidade do Rio de Janeiro, passei em tudo e chegou a decisão mais difícil, qual escolher? Escolhi letras e confesso que quando escolhi o curso, pensei que poderia me ajudar nas minhas composições, que nunca pararam. Por isso, esse ano voltarei para o meu querido curso, e esse encontro só aumentou minha vontade. Voltei a praticar minhas peças, organizei meu horário e o meu coração já está pulando de ansiedade para matar a saudade de um velho conhecido: meu bom e velho violão. 

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