sábado, 5 de julho de 2014

Sempre vou ter isso.

Acabei de ler Todo dia de David Levithan e apesar de não ser o melhor livro do ano marquei vários quotes, porém um no finalzinho do livro me chamou a atenção. Talvez porque o final tenha me decepcionado, talvez porque instantes depois eu aceitei de que esse não era o final que eu queria mas era assim que tinha de ser. 
    Escrevi várias canções, poesias e todo o possível e até hoje me entristeço ou me alegro ao lembrar de tudo que aconteceu, as vezes acho que estou limitando uma parte da minha vida e as vezes acho que tudo corre na perfeita normalidade, mas é claro que não. Quatro, cinco é tempo demais e ainda lembro, ainda penso, ainda vejo ( será??), e eu sei que já está na hora de parar. De parar com tudo, de pensar, de respirar, de mim, de você, de todos. Na hora de parar pra pensar, parar e mudar, parar para começar tudo de novo, direito e será difícil, já é difícil parar, imagina reiniciar, como em todo sistema, demora muito mais. 
   Estou sempre tentando encontrar a solução em uma boa conversa, não ficar parada é a chave, ler demais talvez seja também, mas já vi que não dá pra continuar, porque ultimamente ando tão pra baixo, que meu corpo me pede para parar. 
  Não digo que foi tudo de ruim, tenho músicas maravilhosas, momentos significativos e aprendi demais, talvez até seja a história mais interessante da minha vida, por isso venho tentando apagar completamente. 
   Após tentar mais do que devia eu tenho percebido, junto com todas essas conclusões, que nunca apagarei completamente, mais do que já fiz não dá, e é nessa hora que esse lindo livro aparece, essa linda frase aparece e eu percebo intervalos existem, paradas não. 

" Nunca vou ter uma fotografia dele para levar no bolso. Nunca vou ter uma carta com a letra dele, nem um álbum com recortes com tudo que fizemos. Nunca vou dividir um apartamento com ele na cidade. Nunca vou saber se estamos ouvindo a mesma canção na mesma hora. Não vamos envelhecer juntos. Não vou ser a pessoa pra quem ele vai ligar quando tem problemas. Ele não vai ser a pessoa pra quem vou ligar quando tiver histórias para contar. Nunca vou conseguir guardar nada que ele me deu. 
 Eu o observo enquanto ele adormece perto de mim. Observo enquanto respira. Observo enquanto os sonhos assumem controle. 
 Esta lembrança. 
Só vou ter isso. 
Sempre vou ter isso. 
E ele vai se lembrar disso também. 
 O tempo segue. O universo se expande. 
Digo adeus. "

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