domingo, 8 de junho de 2014

Arte, amor, ódio = genialidade. Tomara!

Começo a achar que sou poética demais ou antiquada talvez. Tudo do meu tempo não me satisfaz, desde o romance até as programações culturais. Vejo tanta gente fazendo questão de tanta coisa sem sentido que para mim não faz sentido nenhum continuar a olhar, por isso foco em mim, nos meus objetivos, mas as coisas vem de longe só para me afetar.
 Quando foco no meu mundo, e por meu mundo quero dizer música, literatura e todo tipo de arte, as coisas parecem ser mais claras e confortáveis, mas aí me chega uma aflição do conforto. A aflição de querer produzir arte e então produzo, nunca é boa o suficiente, sempre sem sentido e abstrata. A arte tem em mim efeito catártico? Não sei, mas ela é meu refúgio e meu ninho de cobras.
 A cultura e as relações andam tão confusas que quando encontro algo que me acolhe e me afeta eu gosto tão intensamente disto que chega a ser absurdo, e me dói quando as outras pessoas não compreendem.
 Mas voltando ao meu eu hiper poético, que foi abandonado muitos parágrafos atrás para reclamações sem fundamento. Este eu poético acha que tudo está errado, tudo poderia ser melhor, para isso ele pensa no futuro, pensa no passado e esquece completamente o presente. Minhas intensidades estão desequilibradas não existe meio termo, e eu tento ser mediana. Talvez nada ande dando certo, apesar de me render boas composições que surgem no meio da madrugada, mais uma relação de céu e inferno com a arte.
 De qualquer maneira, minha possível cabeça poética demais me ajuda e me prejudica, e ultimamente só tem prejudicado. Dizem que os maiores gênios se sentem assim, tomara que seja verdade e me torne um deles,  porque ter a melancolia quase igual a de Cazuza, a revolta de Renato e o romance de Humberto não está fácil não.