segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Sou a louca aqui..

Alice é uma quebra cabeça com partes em todo lugar. 
Ela entrega suas peças, para ficar difícil de montar. 
Muitos acham que ela é sensatez, outras que deveria madurar. 
 Poucos sabem das piores partes, separadas, uma em cada lugar. 

Alice é um outro universo de segredos, prestes a transbordar. 
Segredos inimagináveis, que depois de séculos, aprendeu a guardar. 
Mais deseja contar a todos, que existe muita coisa que ela queria acreditar
mas não acredita em nada delas, no entanto, teme decepcionar. 
 
Alice precisa da lagarta para se libertar, apesar, da sua função ser o gafanhoto e aconselhar. 
Seus sonhos são tão profundos, que a realidade pode alterar e muitos ainda dizem, que ela precisa sonhar. 
 Ninguém sabe seu lado obscuro, que ela escolhe não mostrar. 
Aguenta o peso do mundo para não o libertar. 

Alice tem essa tendência muito grande de se apaixonar. 
Três ou quatro amores ao dia, é melhor nem se aproximar. 
Ela tem crise de identidades e não sabe muito bem onde deve estar. 
Deve ser porque ela perdeu seu Norte, no Sul Deste lugar. 

Alice quase morreu no frio glacial que veio de lá, nesse momento ela parou de se importar. 
Agora ela ama muitos que não consegue tocar. 
Suporta tudo, parece feliz e todos tem certeza que ela nunca vai dinamitar. 
Mas as vezes Alice sente que está presa na toca do coelho com a perna grande demais ou uma saída pequena demais. 

 Calma Alice, um dia, você vai acordar!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Flanar.

Em todos os lados rosto vazios. Que passam, só passam.  Alguns iluminam, outros apagam, muitos outros nada fazem.
Quantos por ali passaram, quantos por ali choraram, tantos por ali ficaram.
Alguns doutores,  outros sonhadores, muitos ninguém.
No pequeno universo somos tudo, na multidão partículas passantes, mais rápido que o trem que já indica sua parada.
Não importa se é feliz ou triste. Se perdeu ou ganhou. A profissão, os crimes, a sexualidade. Para o povo, só mais um que passou.
 E se a importância só existe no mundo particular?
 E se tudo acabasse agora, o mundo realmente pararia de girar?
 Olhando do alto nada é visto.
 Humanidade fadada a flanar, quando o maior medo da humanidade é não significar.
Todos são importantes. Muitos tem seu mundo de admiradores. Tantos não são
 Todos não somos.
Somos grãos de areia que se soprados não derrubam o castelo.
Somos passantes, "flâneres".
Somos faces inexpressivas nas veias do palco principal.