Hoje meu pai foi novamente a procura de aulas de teclado, e
dessa vez ele foi á minha antiga escola de música. Chegando lá, ele encontrou
meu antigo e adorado professor de prática e depois de quase 3 anos ele perguntou como eu estava, se eu
continuava tocando, deu vários conselhos e ainda disse que eu era a melhor
aluna de violão clássico que ele já teve. Quando meu pai chegou em casa todo alegre
me contando, me emocionei. Sinto uma saudade, que chega a doer, das aulas de
música, dos desafios e descobertas desse mundo maravilhoso e do meu professor.
Ele que disse que eu deveria aprender um pouquinho de
escala, mesmo fazendo violão popular, e que depois de alguns meses ver meu
desenvolvimento me dizer que iria começar
a me dar aula de clássico e deixar o popular pra segundo plano. Por ele que fui obrigada a abandonar o popular
e me aprofundar em Tom Jobim, Bossa Nova, Nando Reis, Bach e me ajudou a tocar desde solos que eu sempre sonhei,
stairway to heaven é inesquecível pra mim, até músicas clássicas da Finlândia e
afins que hoje se tornarão um amor. Descobrir este amor pelo instrumento
clássico é algo que não tenho como agradecer e que mudou meu rumo na música.
Claro que tenho que
agradecer também pelas broncas quando não tinha a peça preparada, quando
recusei me apresentar no especial de natal, quando chamava Dó de “C” e quando
reclamava demais do metrônomo, dei graças a deus quando ele finalmente quebrou
:D.
Parei de estudar
música por que queria ir para uma escola reconhecida , Villa Lobos, mas nesse
meio tempo chegou a hora de decidir qual universidade fazer, qual faculdade
cursar e tudo se complicou. Queria
relações internacionais, então entrei no curso de Francês e a música foi sendo
jogada de lado. Aos 16 era o Francês,
aos 17 era muito nova para ir pra tão longe sozinha e então chegou os 18. Saí
do Francês, fiz a prova da Villa Lobos, fiz o Enem e todos os vestibulares de
qualidade do Rio de Janeiro, passei em tudo e chegou a decisão mais difícil, qual
escolher? Escolhi letras e confesso que quando escolhi o curso, pensei que
poderia me ajudar nas minhas composições, que nunca pararam. Por isso, esse ano
voltarei para o meu querido curso, e esse encontro só aumentou minha vontade.
Voltei a praticar minhas peças, organizei meu horário e o meu coração já está
pulando de ansiedade para matar a saudade de um velho conhecido: meu bom e
velho violão.
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