quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Flanar.

Em todos os lados rosto vazios. Que passam, só passam.  Alguns iluminam, outros apagam, muitos outros nada fazem.
Quantos por ali passaram, quantos por ali choraram, tantos por ali ficaram.
Alguns doutores,  outros sonhadores, muitos ninguém.
No pequeno universo somos tudo, na multidão partículas passantes, mais rápido que o trem que já indica sua parada.
Não importa se é feliz ou triste. Se perdeu ou ganhou. A profissão, os crimes, a sexualidade. Para o povo, só mais um que passou.
 E se a importância só existe no mundo particular?
 E se tudo acabasse agora, o mundo realmente pararia de girar?
 Olhando do alto nada é visto.
 Humanidade fadada a flanar, quando o maior medo da humanidade é não significar.
Todos são importantes. Muitos tem seu mundo de admiradores. Tantos não são
 Todos não somos.
Somos grãos de areia que se soprados não derrubam o castelo.
Somos passantes, "flâneres".
Somos faces inexpressivas nas veias do palco principal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário