terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

F.R.I.E.N.D.S



Não me chame de antissocial ou qualquer nome que se aplique a situação, também não me chame de cliché por discorrer sobre um assunto que todo mundo já passou (imagino que sim).
 Sou de uma cidade relativamente pequena e apesar de ter me mudado mais de 15 vezes, entre cidades ao redor e casas diferentes na mesma, passei boa parte da minha vida em uma cidade menor ainda da que eu nasci. Como eram todas muito próximas, não importava o quanto eu me mudasse, os centros comerciais frequentados eram os mesmos, por isso até os 14 anos de idade, conhecia cada rosto que passava por mim. Assim como o tempo que passei nestas cidades, passei todo o meu ensino fundamental na mesma escola e quando me mudei para onde vivo hoje, passei todo o ensino médio. 
Levo tempo para fazer amizades e tenho amizades de tempos. 
Estou muito acostumada a ter amizades de dez anos, quatro anos e a mais curta que mantenho faz um anos e alguns meses. Essa amizade mais curta era amigo de uma amiga e foi tão natural que não conta tanto como algo totalmente novo. No entanto, agora, entrei em uma nova fase da vida e chegar em um lugar onde você não conhece absolutamente ninguém, para mim, é muito estranho. Estar acostumada a chegar todas as manhãs e falar o que você pensa e sente para seus melhores amigos, falar besteiras, falar sobre tudo o que gosta, porque eles já sabem tudo sobre você e até aceitam as babaquices é algo totalmente confortável. Com novas amizades, por mais legais que as pessoas sejam, temos que nos vigiar, guardar o que se pensamos e se sentimos e não sair falando tudo de uma vez, quando a amizade já está mais avançada, contar todas as histórias (e selecionar as apropriadas ) novamente, deixar a pessoa conhecer o que vocês gosta, pode e não pode, de uma maneira que não a assuste é complicado, além dos buracos nas conversas que são preenchidos com o silêncio entediante que você nunca teria com seu melhor amigo. 
Estou adorando fazer novos amigos, conhecer gente nova traz um ar de vigor a vida e faz a gente ver que existem muitas pessoas diferentes e boas por aí, são todos muito legais e simpáticos e até me surpreendo pela quantidade de pessoas em tão pouco tempo. É estranho pensar que minhas amizades de dez, quatro anos começaram assim, com um sorriso murcho, uma pergunta estranha ou simplesmente um trabalho bobo, e hoje não me lembro bem como tudo se desenvolveu para elas chegarem a este ponto, mas sei que essas provavelmente chegarão, apesar de muitas promessas de ótimas amizades terem ficado pelos anos. 
Estou adorando meus novos amigos e morro de medo de perder os antigos ou não tão antigos assim, porém, sei que isso não acontecerá, porque ainda que faça novos e muitos amigos, os antigos e especiais sempre farão falta para aquela hora que precisar de alguém para confiar ou para sair, mas sei que estarão aqui. 

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